Repasse Informativo | Marcos Monteiro - Repasse Informativo Caxas-MA, O Blog do Marcos Monteiro.

ESGOTO NO MARANHÃO: 194 piscinas despejadas por dia na natureza

(foto: reprodução)

A informação é do Instituto Trata Brasil, que para efeitos de comparação, uma piscina olímpica tem 50m de comprimento por 25m de largura, e 3,05 metros de profundidade

No Maranhão, é como se 194 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento fossem jogadas no meio ambiente todos os dias na natureza. A informação é do Instituto Trata Brasil. Para efeitos de comparação, uma piscina olímpica tem 50m de comprimento por 25m de largura, e 3,05 metros de profundidade.

De acordo com dados disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano base de 2021, apenas 30,7% da população é atendida com coleta de esgoto, ou seja, mais de 39 milhões de nordestinos sofrem com a ausência desse serviço. Somente 35,5% do esgoto é tratado, o que significa que cerca de 1.315 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são jogadas no meio ambiente todos os dias.

Nordeste abriga quase 60 milhões de brasileiros. No que diz respeito ao acesso à água potável, mais de 14 milhões de habitantes da região não são abastecidos com água potável, enquanto 46,2% da água produzida nos sistemas de distribuição é perdida, isto é, todo esse volume não chega de forma oficial para os habitantes.

No estado, mais de 80% da população (5.741.639) vive sem coleta de esgoto; e 44,2% (2.878.340) é a parcela da população sem acesso à agua. Com metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento, no qual, todas as localidades do país devem atender 99% da população com acesso à água e 90% com coleta e tratamento de esgoto, o Nordeste deve voltar seus esforços para superar esse gargalo e buscar levar o acesso pleno do saneamento para a população.

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) informou que está realizando estudos e adotando as providências cabíveis para adequação ao Novo Marco Regulatório do Saneamento Básico (Lei nº 14.026/20), nos termos dos Decretos nº 11.598 e 11.599, que regulamentam a matéria, notadamente no que se refere ao atendimento das metas de universalização. Destaca-se que o Decreto nº 10.710/2021 foi expressamente revogado, sendo que o prazo para apresentação da documentação de apresentação de comprovação da capacidade econômico-financeira fora estendido até 31 de dezembro de 2023.

Maranhão atrás apenas de dois estados do Nordeste

A ausência de saneamento tem implicações imediatas na qualidade de vida da população, impactando diretamente a saúde das pessoas. Dados do DATASUS 2021, presentes no Painel Saneamento Brasil, mostram que ocorreram mais de 59 mil internações por doenças veiculação hídrica e cerca de 583 pessoas foram a óbito devido a essas doenças. Ao total, a região teve despesas de mais de R$ 23 milhões com hospitalização por doenças associadas à falta de saneamento.

No Maranhão, foram 22.905 internações totais por doenças de veiculação hídrica e 52 óbitos. Na capital, São Luís, foram 28 internações por conta de doenças associadas à falta do saneamento e 1 óbito.

“Investir no saneamento básico é mudar a vida da população nos mais diversos âmbitos sociais e econômicos, afinal o acesso pleno aos serviços de água e esgotamento sanitário trazem qualidade de vida para população, reduzindo internações e óbitos por doenças de veiculação hídrica, possibilitando um desenvolvimento saudável do jovem no período escolar e influenciando no aumento da produtividade do trabalhador”, ressaltou o Instituto.

Estados NE – Piscina/Dia
Bahia – 317
Pernambuco – 208
Maranhão – 194
Ceará – 193
Piauí – 112
Rio Grande do Norte – 85
Alagoas – 81
Paraíba – 65
Sergipe – 60

Fonte:https://oimparcial.com.br/ Instituto Trata Brasil

Categoria: Notícias