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GIRO PELO BRASIL: Flávio Dino acompanha o Caso Lula com interesse jurídico e foco político

Flávio Dino acompanha a situação de Lula da Silva com interesse jurídico e foco político

Flávio Dino acompanha a situação de Lula da Silva com interesse jurídico e foco político visando a corrida eleitoral

O governador Flávio Dino (PCdoB) acompanhou ontem com atenção redobrada o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, dos recursos da defesa do ex-presidente Lula da Silva (PT) para que os dois pedidos de habeas corpus ali protocolados sejam julgados antes que o TRF da 4ª Região determinasse sua prisão após julgar, na próxima segunda-feira (26), os recursos que ali tramitam pedindo a revogação da pena de mais de 12 anos de reclusão à qual ele foi condenado sob a acusação de ter recebido o tal triplex de Guarujá como propina. O ex-juiz federal Flávio Dino se deteve sobre as controvérsias jurídicas que envolvem o caso, enquanto o político Flávio Dino focou sua expectativa nas decisões que a Corte tomou decidindo julgar os pedidos e suspendendo qualquer ordem de prisão contra o ex-presidente antes que o martelo sobre os habeas corpus seja batido.

É óbvio o interesse do governador no aspecto jurídico do Caso Lula, a começar pelo fato de que ele tem sido voz crítica contundente e frequente em relação ao tema. Mas sua atenção maior, no momento, está relacionada com o desfecho político desse processo. Isso porque a Nação vive os preparativos de largada de uma corrida presidencial de extrema importância para o seu futuro imediato. E a questão é saber se o ex-presidente poderá ou não candidato a presidente. Há uma clara tendência no sentido de que ele não será candidato, mas as pesquisas de opinião continuam apontando-o como fator decisivo na disputa pela Presidência da República. E isso significa dizer que sua posição em relação ao ex-presidente terá peso na avaliação do eleitorado.

O governador Flávio Dino tem uma posição confortável em relação à corrida presidencial. Ele construiu um cacife que não guarda qualquer dependência com candidatos a presidente. Seu partido, o PCdoB, já tem pré-candidato – a deputada gaúcha Manuela D`Àvila – e ele pode perfeitamente contabilizar como aliado o candidato pedetista Ciro Gomes, podendo até optar por uma aliança informal com o candidato do PSOL, Guilherme Boulos. Mas a verdade indiscutível é que na contabilidade da sua relação com o PT, o saldo lhe é ampla e visivelmente favorável, sendo o partido claramente “devedor”. O histórico recente mostra esse quadro com clareza solar.

O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e a dura via crucis trilhada agora pelo ex-presidente Lula mostraram que a aliança do PT com o PMDB e o Grupo Sarney no Maranhão esgotou no limite das conveniências, enquanto a relação com Flávio Dino e o PCdoB, além das conveniências, é fortalecida pela proximidade programática e pelo viés ideológico. A identidade indiscutível possibilitaria a construção de uma parceria de total coerência na campanha com Lula da Silva correndo na direção do Palácio do Planalto e o governador Flávio Dino pela sua reeleição.

Nesse contexto, o caminho natural seria uma aliança Dino-Lula para as eleições, com peso de favoritos e, provavelmente, um desfecho indicado pelas pesquisas feitas até aqui. Com a experiência que acumulou como magistrado e político, expressada nas suas manifestações, o governador Flávio Dino foi avisado de que o ex-presidente acabaria fora da disputa. E diante dessa verdade antecipada, cuidou de intensificar as ações do seu Governo e de afinar cada vez mais a sua relação com o eleitorado maranhense, num processo tranquilo, cuidadoso e transparente, apesar das imensas dificuldades financeiras que enfrenta para fazer investimentos, manter a folha de pessoal rigorosamente em dia e bancar o funcionamento eficiente da máquina pública. Não cometeu o equívoco de “esperar Godot”.

Flávio Dino sabe que vai para a guerra eleitoral sem a presença física de Lula da Silva na sua campanha. Mas sabe também que fez por onde trilhar seu caminho com seus próprios pés, e com a certeza de que, mesmo atrás das grades, o ex-presidente soprará bons fluidos políticos na sua direção. E isso deve acontecer mesmo com alguns braços do PT tentando repetir o enlace com o Grupo Sarney, no jogo bruto da luta pelo poder.

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FONTE: http://reportertempo.com.br/

 

 

Categoria: Notícias