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São Luís: Pesquisas apontaram favoritismo de Braide, mas o cenário está longe da forma definitiva

Duas pesquisas (Econométrica e DataM), realizadas no apagar das luzes de 2019, para medir os humores do eleitorado em relação a pré-candidaturas à Prefeitura de São Luís, indicaram, com forte nitidez, que nessa fase ainda primária e imprecisa da corrida às urnas, Eduardo Braide (Podemos) se mantém como favorito inconteste à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT), surfando em ondas de 44,9% a 41,6% de intenções de voto. Os dois levantamentos mostram que o segundo time de pré-candidatos é liderado por Roseana Sarney (MDB) com 11,4% e 9,9%, seguida de Duarte Jr. (PCdoB), com 9,9% nos dois levantamentos, Wellington do Curso (PSDB) com 7,9% e 4,8%, Neto Evangelista (DEM) com 7,2% e 3,8%, Bira do Pindaré (PSB) com 4,4% e 3,5%, Jeisael Marx (Rede) com 2,9% e 2%, Osmar Filho (PDT) com 2,5% nos dois, Yglésio Moises (sem partido) com 1,3% e 1,4%, Carlos Madeira (SD) com 0,1% e 0,8% e Rubens Júnior (PCdoB) com 0,7% e 0,6%. O ex-prefeito Tadeu Palácio aparece na pesquisa Econométrica com 6,1%, mas não foi incluído na do DataM, e Adriano Sarney (PV) só aparece na pesquisa Econométrica, com 3,0%, num cenário sem Roseana Sarney.

São cenários que, com exceção de Eduardo Braide, vêm de repetindo, com algumas alterações tímidas e pontuais, principalmente devido ao fato de que nem os candidatos, nem os partidos e nem os líderes maiores bateram martelo sobre quem será, de fato, candidato. Janeiro será uma espécie de contagem regressiva para que os grupos políticos e partidários começam, efetivamente, a dizer quem será quem nesse jogo.

Três situações poderão definir os rumos da corrida eleitoral na capital. A primeira delas será o posicionamento do governador Flávio Dino sobre quem será o candidato do PCdoB, se Duarte Júnior ou Rubens Júnior. A segunda é sobre quem o Edivaldo Holanda Júnior abraçará como candidato do PDT: Osmar Filho, Neto Evangelista numa eventual aliança DEM/PDT, ou sugerirá um vice numa aliança com o PCdoB? E a terceira: Roseana Sarney será mesmo candidata do MDB para disputar com Adriano Sarney ou ficará de fora da disputa. As respostas para essas indagações darão composição definitiva ao cenário da disputa, pois a sucessão no Palácio de la Ravardière dificilmente se dará fora dessas situações e do projeto de Eduardo Braide. Isso porque o favoritismo do candidato do Podemos até aqui parece consistente, a indefinição no PCdoB e no PDT e o “fator” Roseana Sarney mostrados pelas pesquisas indicaram que essas definições terão elevado poder de fogo político e eleitoral ao longo da corrida.

A consistência do cacife de Eduardo Braide mostrada nas pesquisas sugere que o governador Flávio Dino e o prefeito Edivaldo Holanda Júnior caminhem para uma aliança do PCdoB com o PDT, restando saber em torno de que nome. Duarte Júnior tem se mostrado bom de voto, mas ainda é muito verde em política, enquanto Rubens Júnior tem sólida tarimba política, é bom de voto, mas ainda não deslanchou em São Luís. O nome a ser escolhido tem de ter a cara da aliança PCdoB/PDT, de modo a incorporar um discurso ao mesmo tempo alinhado à Prefeitura e ao Governo do Estado e que traduza o ânimo da aliança político-partidária que comanda o Maranhão, incluindo São Luís. Além disso, se, contrariando as expectativas, Roseana Sarney resolver ser mesmo candidata, ninguém duvida de que o cenário sofrerá alteração expressiva, podendo até minar o favoritismo de Eduardo Braide e mandá-lo enfraquecido para um segundo turno.

Nesse contexto, Wellington do Curso, Neto Evangelista, Tadeu Palácio, Bira do Pindaré, Jeisael Marx, Osmar Filho, Yglésio Moises e Carlos Madeira, se confirmarem suas candidaturas, terão de fazer esforços gigantescos para reverter o favoritismo de Eduardo Braide e reduzir o poder de fogo do candidato a ser lançado numa aliança PCdoB/PDT, para que tenham alguma chance na disputa. Isso significa dizer que apostar agora na vitória de Eduardo Braide é precipitação pura, porque a corrida para valer só será iniciada quando o martelo for batido no Palácio dos Leões, no Palácio de la Ravardière e na mansão do Calhau. Esse desenho deve ser rascunhado durante a calmaria de janeiro e a festança de Momo, para ganhar forma definitiva com a chegada das águas de março. É quando se saberá se o favoritismo do candidato do Podemos é sólido quanto parece.

Em Tempo: O instituto DataM ouviu 800 eleitores de São Luís, nos dias 28 e 29 de dezembro, tendo sua pesquisa margem de erro de 3,1% para mais ou para menos sobre os percentuais encontrados. O instituto Econométrica ouviu 938 eleitores nos dias 17 e 18 de dezembro, tendo sua pesquisa margem de erro de 3,4% e com um intervalo de confiança de 95%.

Com Informações: http://reportertempo.com.br

 

Categoria: Notícias