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ELEIÇÕES NO MARANHÃO: A matemática que dificulta: Braide precisa conquistar mais de um milhão de votos no interior para ser governador

Foto: (reprodução) Eduardo Braide Prefeito de São Luís 

 

 

Quando se fala em pré-candidatura do prefeito Eduardo Braide ao governo do estado é preciso levar algo muito importante em consideração: a capacidade de avanço no eleitorado do interior do estado. E a quantidade de votos que ele precisa ter a mais em relação ao público já conquistado.

 

 

 

 

Vamos aos números. Em 2024, o social-democrata foi reeleito prefeito da capital no primeiro turno com uma votação avassaladora de 403.981 votos, o equivalente a 70,12 % dos votos válidos. Em 2022, Carlos Brandão foi eleito governador também no primeiro turno com 1.769.187 votos, o que corresponde a 51,29% dos votos válidos do estado. 

 

 

 

 

O TRE-MA ainda irá divulgar o quantitativo do eleitorado de 2026 e o número de eleitores sempre aumenta um pouco a cada eleição. Mas vamos trabalhar apenas com os números das eleições anteriores até a atualização.

 

 

 

Hoje o prefeito Eduardo Braide lidera todas as pesquisas de intenção de votos com números entre 30% e 35% a depender do instituto. Números absolutamente normais por São Luís representar 25% do eleitorado e o prefeito ser o nome mais conhecido. Porém, também por ser o nome mais conhecido é um fato que 30% do eleitorado de São Luís, que já conhece o prefeito não vota nele de jeito nenhum.

 

 

 

 

Agora, para ser governador, seja no primeiro ou no segundo turno, é um fato que o candidato precisa ter mais de 1,7 milhão de votos. E fora da cadeira de prefeito e sem garantia de que Esmênia Miranda colocará a máquina da prefeitura a seu favor, é muito difícil Eduardo Braide tocar uma campanha com fôlego no interior para buscar mais de 1 milhão de votos que precisa para completar sua eleição. Isto considerando que além dos 400 mil que tem em São Luís, Braide tenha mais 200 mil entre São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, pela influência que a capital tem na Ilha. A escalada para além do Estreito dos Mosquitos ainda é grande.

 

 

 

 

E muitos podem dizer: mas Orleans Brandão ou Felipe Camarão vão precisar buscar todos os votos já que nunca foram candidatos a nada. Concordo. Mas para qualquer um deles, a candidatura segue a lógica da força do Palácio dos Leões. Qualquer um deles só será candidato, e até favorito, se for o candidato do Palácio.

 

 

 

 

A candidatura palaciana tem assegurado mais de 1 milhão de votos pela estrutura que possui e busca os outros 700 mil durante a campanha. Quem diz isso é a história.

 

 

 

Em praticamente todas as últimas eleições (com exceção de Edinho Lobão em 2014 pelo desinteresse da ex-governadora Roseana Sarney), o candidato do Palácio que estava muito atrás nas pesquisas no ano anterior à eleição virou o jogo e venceu.

 

 

 

 

É sempre importante separar a eleição estadual da de São Luís. A capital tem tradição de eleger prefeitos opositores do Palácio dos Leões por uma peculiaridade própria.

 

 

 

 

É nesse cenário em que a matemática joga contra a candidatura de Braide e seus movimentos estaduais se mostram mais um blefe para manter o nome em evidência pensando em 2030.

Com Informações: https://clodoaldocorrea.com.br

Categoria: Notícias