SÃO LUÍS – A aproximação de Eduardo Braide a setores ligados ao grupo de Flávio Dino redesenha o cenário político do Maranhão e fortalece um nome: Lahesio Bonfim. Hoje, ele se consolida como a principal alternativa fora do sistema que há décadas controla o estado.

Flávio Dino e Carlos Brandão, embora já tenham sido aliados, Brandão foi vice de Dino e assumiu o governo quando este foi ao Senado, hoje são adversários. Nos bastidores, Dino queria o petista Felipe Camarão, vice-governador, como seu candidato. Brandão, no entanto, decidiu apoiar seu sobrinho e afilhado político, Orleans Brandão, provocando a ira do atual ministro do STF.

Nesse tabuleiro, Braide, que poderia representar independência, se aproxima de alas ligadas a Dino, reduzindo sua imagem de terceira via. Enquanto isso, Lahesio segue como crítico das gestões recentes, denunciando pobreza persistente, insegurança, saúde precária, estradas destruídas e o abandono do sul do estado.

Pesquisas o colocam entre segundo e terceiro lugar, mas seu histórico mostra que ele pode superar previsões, como já fez antes. Orleans, sem experiência política, depende totalmente da força do tio-governador, enquanto Camarão perde espaço no racha interno.

A disputa se afunila: de um lado, os candidatos ligados, direta ou indiretamente, a Dino e Brandão; do outro, Lahesio Bonfim, a única aposta para quem quer romper com o domínio político que há décadas define o futuro do Maranhão.

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