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Ex-padre tira a própria vida em suicídio assistido após diagnóstico de doença incurável

Morreu por suicídio assistido em Victoria, no Canadá, no dia 24 de março

Diagnosticado em 2015 com amiloidose, uma doença rara e incurável, ele aos poucos estava perdendo as funções dos membros e, eventualmente, o coração.

Embora fosse um sacerdote católico – considerando que a Igreja é contra a prática – ele decidiu encerrar a própria vida por meio da eutanásia. Antes de morrer, Shields permitiu que o jornal The New York Times registrasse seus últimos momentos de vida.

Com informações do Daily Mail. O ex-padre afirmou não ter deixado que a posição da Igreja sobre a prática determinasse como morreria.

Diagnosticado com amiloidose no outono de 2015, ele logo perderia a função dos membros de seu corpo e coração. À medida que piorava, sentia-se abatido e impotente, até que no ano passado, descobriu que se qualificava para um programa de eutanásia oferecido no Canadá.

Em seu vídeo para o NYT, ele disse que escolheu a eutanásia porque não queria perder sua dignidade e queria morrer por seus próprios termos.

“Uma característica de vida importante para mim é a minha dignidade – e pouco trabalho para minha esposa e filha”, disse ele, acrescentando que não seria mais capaz de cuidar de si mesmo. “Eu considerei todas essas coisas dolorosas e humilhantes antes de decidir como gostaria de viver”.

Shields só foi diagnosticado com amiloidose após ter desmaiado enquanto dirigia, atingindo uma árvore no processo.

Poucos meses após o acidente, os médicos identificaram, por meio de uma biópsia cardíaca, que a doença teria feito seu coração parar temporariamente, causando o apagão.

De característica hereditária, a amiloidose é causada por um acúmulo anormal da proteína amiloide, que eventualmente resulta na perda de envio de informações aos braços, pernas e coração.

Na noite antes de morrer, Shields fez uma grande vigília em seu quarto de hospital.

Ele tomou alguns drinks, comeu comidas de seu restaurante favorito e passou últimos momentos com amigos e família. Então, na manhã seguinte, recebeu as doses da injeção letal e foi levado para casa por sua esposa e pela enteada.

O suicídio ocorreu com assistência da médica Stefanie Green.

O método, que foi aprovado pelo Canadá em junho de 2016, exige que o paciente esteja em estado terminal para que possa ser qualificado.

A lei, redigida no ano passado após o Supremo Tribunal do país ter anulado a proibição, deve em breve receber a aprovação formal do governador-geral David Johnston.

Ela é limitada aos residentes do Canadá que se qualificam para os serviços de saúde financiados pelo governo, o que basicamente impede que as pessoas atravessem a fronteira apenas para conseguirem suicídios assistidos.

Atualmente, o método é considerado legal em países como a Suíça, Holanda, Albânia, Colômbia, Japão e algumas regiões dos EUA, como Washington, Vermont, Califórnia, Oregon, Novo México e Montana.

                       Fotos: Reprodução

FONTE: http://portaldozacarias.com.br/VIA Jornal Ciência 

 

 

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