No Nordeste brasileiro convivemos com uma herança cultural que se confunde com desordem, com anarquia e muita desídia.
Foto: ( Reprodução )
Por: Pedro Barros
Soa estranho, se afirmar o dito acima; mas é uma realidade da qual não podemos fugir.
Tudo se associa à construção familiar; que desde o tempo do Império, já tinha por característica principal a obediência e submissão aos detentores de poderes; poderes de quaisquer natureza; sejam os constituídos ou àqueles de natureza material.
Como a dependência e a submissão são irmãos legítimos da fome, da pobreza e da miséria, estabeleceu-se essa cultura maldita vivenciada por uma sociedade apartada pelas necessidades básicas e naturais do ser humano.
Essas condições, impostas por esses fatores, levou grande parte desses atores a se relacionarem sexualmente sem obediência a quaisquer regras; momento em que surge uma miscigenação igualmente desregrada, originária dos europeus, indígenas e dos africanos.
Portanto, surgiram os filhos e netos dessas relações; desnudos de quaisquer valores e sem nenhum padrão ou referência familiar fincados na ética na moral ou na ordem; não obstante a interferência constante e permanente da Igreja Católica, através dos abnegados Jesuítas, que muito contribuíram com nossa colonização!…
Enfim, essa desordem é o resultado de uma escravidão mais que secular, construída por esse dueto: obediência e submissão, que dominaram principalmente a cultura e o povo do Nordeste brasileiro.
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Mas o pior de tudo são as consequências dessa herança indesejável, pois nosso povo continua pobre, sem famílias padrões e sem perspectivas positivas, porque sob esses grilhões, ficou impedido de se desenvolver – social e culturalmente! Há exceções, claro!…
Só para ilustrar: imagine as condições de uma família da zona rural, do Maranhão, desenvolvendo uma agricultura, ainda rudimentar, com o pai no roçado e a esposa quebrando coco babaçu!…pouco se pode esperar dessa família em termos de desenvolvimento. A tendência é a estagnação ou empobrecimento maior ainda!…É difícil se imaginar condições dignas para os atores das milhares de famílias que vivem em condições análogas.
A proposta de solução seria o investimento maciço dos governos – das três esferas – em Educação e Produção; a exemplo do Japão, da China, da Índia e da Coréia do Sul; e ainda, com o apoio paralelo de programas sociais capazes contemplar os que vivem socialmente desamparados.
É difícil, se sabe disso; mas é possível se combater essa herança indesejável e permanente!…
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