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CAXIAS EM FOCO: ECONOMIA CAXIENSE FICA ESTAGNADA

Foto: ( Reprodução )

Acabam de sair os dados oficiais (IBGE): a economia (PIB) de Caxias ficou paralisada — registrou R$ 1 bilhão, 814 milhões e 298 mil no ano de 2019, uma diferença de 0,2%, ou menos da metade de meio por cento, em relação a 2018, que teve R$ 1 bilhão, 810 milhões e 190 mil reais. PIB significa Produto Interno Bruto, que é a soma dos bens e serviços produzidos no município. O IBGE só divulga dados do Produto Interno Bruto (PIB) com dois anos de intervalo. Os dados de 2020 só sairão em dezembro de 2022.

Se for contabilizada a taxa de inflação (IPCA) de 2019, de 4,31%, o percentual de 0,2% é inexpressivo economicamente e precisaria ter sido 22 vezes maior para corrigir inflacionariamente o valor da economia caxiense. Ou seja, para ficar “empatada” com a inflação, a economia precisaria ter crescido cerca de R$ 80 milhões acima dos números de 2018, mas só registrou quatro milhões de reais.

Diferentemente de 2019, o PIB de 2018, que foi de R$ 1 bilhão, 810 milhões e 190 mil reais, havia registrado crescimento em relação a 2017, quando a economia totalizou R$ 1 bilhão, 708 milhões e 947 mil. Desse modo, em 2018 a economia caxiense cresceu 5,92%, percentual superior ao da taxa de inflação de 2018, que foi de 3,75%. Ou seja, Caxias, em 2018, cresceu 57,86% acima da inflação brasileira do período.

Caxias continua está classificado em 8º lugar entre os 217 municípios do Maranhão, abaixo da capital, São Luís, e de Imperatriz, Balsas, Açailândia, São José de Ribamar, Timon e Santo Antônio dos Lopes. O município caxiense é o de número 527 do Brasil, entre 5.570 municípios, abaixo de Lagoa Santa (MG).

Caxias já foi um dos maiores municípios do Brasil. Modernamente, nos últimos 15 anos, chegou a ocupar a quarta colocação no Estado, em 2007 e 2010. Caiu para a 5ª posição em 2008 e 2011. Chegou a 6º em 2014, 2015 e 2016 e a 7º lugar em 2013 e 2017. Em 2018 caiu novamente, para 8º lugar, onde permaneceu em 2019, e aguarda qual será sua próxima classificação oficial, a ser divulgada em dezembro de 2022. O certo é que, desde que perdeu o posto de quarta maior economia do Estado, em 2010, nunca mais se recuperou. O município de Açailândia vem ocupando o posto de quarto maior, após São Luís, Imperatriz e Balsas. Açailândia está com uma economia da ordem de R$ 2 bilhões, 357 milhões e 042 mil.

O Setor Primário (a Agropecuária) é o que tem a menor participação na formação da economia caxiense, com R$ 47 milhões e 692 mil, menos de 3% da economia total, ou, exatamente, 2,62%. Quem mais contribui é o Setor Terciário, os Serviços (que incluem o segmento do Comércio), cuja participação é de R$ 794 milhões e 931 mil, representando 43,81% do PIB caxiense. O Setor Secundário (Indústria) é outra área que precisa ser dinamizada, pois contribui com apenas R$ 176 milhões e 775 mil, menos de dez por cento (exatamente 9,74% ). Até recentemente, a área do Distrito Industrial de Caxias não tinha qualquer empreendimento ali instalado e empregava ultimamente só duas pessoas — dois vigilantes.

Enquanto isso, em 2020, os caxienses tinham em depósitos (à vista, a prazo e em poupança) R$ 560 milhões e pediram emprestado aos bancos (financiamentos e outras operações de crédito) mais de R$ 680 milhões. Há algumas informações estratégicas em relação a essa relação total de depósitos e total de empréstimos e podem não ser as mais positivas. Para explicar isto e apresentar esses e outros dados sobre a economia caxiense, inclusive suas correlações com os dados sociais e as sugestões de ações para melhor desempenho da economia do município, contate-se pelo e-mail: edmilsonsanches@uol.com.br .

Os cálculos sobre os dados oficiais do IBGE foram feitos por Edmilson Sanches.

                            Imagens: Bandeira de Caxias.

EDMILSON SANCHES
edmilson-sanches.webnode.com
Membro do Conselho Regional de Administração, do Conselho Regional de Contabilidade e da Academia Maranhense de Ciências

Categoria: Notícias