Para alguns, apenas mais um feriado. Para outros, uma data que deve ser lembrada e analisada como um grande período de transição
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No dia 15 de novembro, comemoramos a Proclamação da República no Brasil. Para alguns, apenas mais um feriado. Para outros, uma data que deve ser lembrada e analisada como um grande período de transição na política brasileira. Esta postagem vai trazer 10 curiosidades sobre a Proclamação da República.
A Proclamação da República foi um levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 que instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil, derrubando a monarquia e, por conseguinte, pondo fim à soberania do Imperador Dom Pedro II.
O primeiro a dar o grito da República foi o sargento-mor e vereador de Olinda Bernardo Vieira de Melo. O militar lançou a proposta em 10 de novembro de 1710 porque estava insatisfeito com a exploração abusiva do país pelos monarcas portugueses. O pedido foi rejeitado.
Ao proclamar a República, Deodoro da Fonseca estava com um ataque de dispneia. Foi tirado da cama no meio da noite para comandar o cerco ao Ministério. Foi sem a espada, porque seu ventre estava muito dolorido. O cavalo baio que usou não foi mais montado até a sua morte, em 1906.
Deodoro havia decidido apoiar os republicanos quatro dias antes. “Eu queria acompanhar o caixão do imperador, que está idoso e a quem respeito muito. Mas o velho já não regula bem, Portanto, já que não há outro remédio, leve à breca a Monarquia. Que venha, pois, a República”, disse.
Quando passou pelo portão do Ministério da Guerra, o marechal acenou com o quepe e ordenou às tropas que se apresentassem. As tropas se perfilaram e ouviram-se os acordes do Hino Nacional. Estava proclamada a República. Não houve derramamento de sangue.
Mesmo depois de proclamada a República, ninguém quis levar o telegrama com a notícia para D. Pedro II, que estava em seu palácio em Petrópolis. No meio da noite, o major Sólon Ribeiro foi ao encontro do Imperador, que teve que ser acordado.
Com medo de manifestações a favor da monarquia, os líderes do movimento pediam que D. Pedro II e sua família partissem naquela mesma madrugada. Dizem os relatos que a Imperatriz Tereza Cristina chorou, que Isabel ficou muda e que o Imperador apenas soltou um desabafo: “Estão todos loucos!”
Antes de viajar, no dia 17 de novembro, D. Pedro II escreveu uma mensagem: “Cedendo ao império das circunstâncias, resolvo partir com toda a minha família para a Europa amanhã […] Ausentando-me, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo votos por sua grandeza e prosperidade.”
No momento de embarcar, o imperador recebeu um convite de seu sobrinho, D. Carlos, rei de Portugal, colocando à sua disposição um dos seus palácios em Lisboa. Pedro agradeceu, mas não aceitou a oferta. Anos depois, Pedro II morreu deitado num travesseiro que ele encheu com terra brasileira.
No dia 5 de dezembro de 1889, o navio Alagoas chegou a Lisboa. A viagem da família real durou 18 dias. Apesar de ter sido recebido com honras, ele preferiu se hospedar com a imperatriz Teresa Maria num hotel na cidade do Porto. Depois de 23 dias, Teresa Cristina faleceu no quarto do hotel.
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