Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes comentou sobre a situação do ex-presidente Lula, preso na Polícia Federal em Curitiba.
Um dos mais polêmicos ministros da mais alta instância do Poder Judiciário brasileiro, o Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, participou na cidade do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (04), de um encontro com jornalistas de vários países do mundo. O magistrado retratou a atual situação do Poder Judiciário no Brasil e mencionou um dos mais emblemáticos casos, no que se refere à prisão de um ex-presidente da República.
Um dos principais assuntos das conversas se tratou da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no âmbito das investigações da força-tarefa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que é considerada a maior operação anticorrupção em toda a história do país e uma das maiores já desencadeadas em todo o planeta.
Vale lembrar que o ex-mandatário petista encontra-se preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, para cumprimento de uma pena de mais de doze anos e um mês de prisão devido a acusações de práticas criminosas de “colarinho branco”.
Os crimes atribuídos a Lula são relacionadas a crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro referentes ao caso do apartamento de luxo Tríplex do Guarujá, angariado na forma de recursos ilícitos em beneficio do petista, como parte de dinheiro público provenientes de grandes empreiteiras envolvidas no mega escândalo de corrupção da maior estatal brasileira, a Petrobras. O ex-presidente foi sentenciado pelo juiz Sérgio Moro, titular da décima terceira Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, no estado do Paraná.
‘Recado’ indireto ao ex-presidente Lula
Durante a realização da coletiva de imprensa, o ministro Gilmar Mendes foi contundente ao comentar a situação criminal do ex-presidente Lula.
De acordo com Gilmar Mendes, o futuro político do ex-presidente já estaria fatalmente definido. O magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou, sem rodeios, que o “o ex-presidente Lula estaria inelegível, por força da Lei da Ficha Limpa”.
O ministro Gilmar Mendes foi enfático ao afirmar que “não veria a possibilidade de Lula se tornar elegível, já que essa hipótese seria a revogação da própria condenação”. Mendes concluiu que acredita que o ex-presidente Lula já estaria sabendo a respeito disso, em alusão à situação enfrentada pelo ex-mandatário petista. Ao fazer uma análise para a imprensa estrangeira, em relação ao papel desempenhado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), quanto à próxima eleição presidencial, Gilmar Mendes comentou que “seria fácil compreender a posição do PT, já que o partido não teria um plano B”.
Ao mencionar a votação no foro privilegiado na Suprema Corte, Mendes disse que o Congresso Nacional deveria legislar sobre esse caso específico, já que segundo o magistrado, “numa democracia, não se eliminaria o Poder Legislativo, embora no Brasil muitas vezes queiram fazê-lo”.
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