Codó começou a contar seus casos de AIDS em 1992. Até o ano passado já somava 421 codoenses vivendo com a doença e este número continua crescendo.
Este ano já são 55 novos casos.
IDOSOS COM HIV
Vale ressaltar que ao longo de todo este tempo de estatística a faixa etária onde há maior incidência da doença aqui em Codó é aquela entre 25 e 29 anos de idade, mas uma faixa que insiste em aparecer nestes dados que também preocupa as autoridades de saúde – aquela com pessoas acima dos 60 anos de idade.
Pelos dados apresentados pela coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento são 9 idosos e 25 idosas com HIV.
Mas por que então, as idosas estão em maior número? Ilana Monteiro, enfermeira coordenadora do CTA/SAE Codó, começou explicando que são eles os maiores responsáveis por transmitirem a doença para a esposa, mas na hora de procurar tratamento são minoria.
“e aí qualquer mulher que encontram na rua tão ficando, desprotegidos, o que acaba aumentando o número de casos…UM DADO INTERESSANTE NA QUESTÃO IDOSO, É QUE SÓ AS MULHERES ESTÃO APARECENDO AQUI?… é porque as mulheres, elas procuram mais o médico e acabam descobrindo primeiro (…) depois que acabam descobrindo elas se preocupam em ter um acompanhamento sério, tomar medicação elas estão sempre procurando”, disse a coordenadora
OS EXAMES
O aumento maior do número de caso também mantém estreita relação com o aumento pela procura pelo exame, há meses em que até 600 são realizados no CTA. Que é diagnosticado com o vírus passa a ser acompanhado imediatamente, se quiser.
“Temos a médica infectologista, temos acompanhamento social, tem a psicóloga, tem o enfermeiro todo pra tá acompanhando todos os pacientes (…) os exames são realizados todo dia de segunda à sexta-feira, realizamos o teste rápido HIV, SÍFILIS Hepatite B e C”
A procura maior também veio atrelada à quantidade de pessoas que ultrapassaram a barreira do preconceito de vir ao CTA. Um exemplo bom disso é dona Silvana Alves da Silva, a encontramos na sala de espera para realizar o novo teste rápido dela.
“Todo mundo vir se prevenir, se consultar é muito bom eu acho que seja né…A SENHORA NÃO TEM PRECONCEITO NENHUM? EU NÃO, não tenho preconceito nenhum, se der esta doença perigosa é o camarada caçar tratamento, tem gente que dá os conselhos, as psicólogas consultar, por que esse receio porquê? Fazer e se tratar”, afirmou
FONTE: http://www.blogdoacelio.com.br