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POLÍTICA DO MARANHÃO: Eduardo Braide sinaliza que pode ser candidato a deputado federal, senador ou ao Palácio dos Leões

                           Eduardo Braide: vai tentar voar mais alto em 2018

Na fase de preparação da corrida à Prefeitura de São Luís, mais ou menos em abril do ano passado, a Coluna chamou a atenção dos seus leitores para um projeto embrionário de candidatura ao Palácio de la Ravardière anunciado timidamente pelo deputado Eduardo Braide (PMN), por enxergar nele uma possibilidade remota, mas com alguma nitidez, de dar certo. Não deu outra: de discurso em discurso, de posicionamentos em posicionamentos e de passo a passo, Eduardo Braide saiu da rabeira do processo, ultrapassou todos os demais candidatos – Wellington do Curso (PSB), Eliziane Gama (PPS), Fábio Câmara (PMDB), entre outros – e acabou no 2º turno com prefeito Edivaldo Jr. (PDT). Foi derrotado, mas saiu da disputa com mais de 240 mil votos e com o cacife de ter-se tornado um dos políticos mais importantes da sua geração, credenciado, portanto, a se habilitar para disputar cadeira na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal, no Senado e até mesmo a do gabinete principal do Palácio dos Leões. Agora, Braide desenha suas perspectivas e as suas possibilidades futura, indicando rumos em oportuna entrevista à jornalista Jacieny Dias, que, com saudável objetividade, não fez rodeios e foi direto ao assunto: “O senhor é candidato a Governador?”

Sua resposta: “Meu projeto político no momento é fazer um bom mandato de deputado estadual. Mas essa decisão eu já tomei: a de não ser candidato à reeleição como deputado estadual. São oito anos aqui na Assembleia, e acho que é um tempo razoável para que a gente parta para voos mais altos (…). Qualquer político se sente honrado em ser o chefe do Executivo do seu estado, e eu estaria mentindo se disse que não tenho esta pretensão. Mas ninguém é candidato de si mesmo. Isso depende da questão partidária, da política de alianças, do momento que iremos viver”.

Poucos políticos responderiam a tal indagação com uma argumentação tão sólida e sensata. Eduardo Braide anunciou que não mais será candidato a deputado estadual, primeiro por entender que dois mandatos são tempo suficiente encerrar essa etapa da vida política, mas em nenhum momento tratou o mandato na Assembleia Legislativa como uma coisa menor; ao contrário, disse que no momento é candidato a exercer correta e produtivamente o mandato estadual. E com mais habilidade ainda, criou um clima de curiosidade e expectativa ao informar que ainda não sabe a qual mandato concorrerá em 2018, deixando no ar que pode ser candidato a deputado federal, a senador e a Governador do Estado, sem externar qualquer ênfase que pudesse quebrar o “mistério”. Ou seja, dependendo das condições que ele relacionou como essenciais para se definir o caminho de uma disputa eleitoral, que poderá mandá-lo para Brasília ou autorizá-lo a morar durante quatro anos no endereço mais nobre de São Luís.

Com elevado nível de preparo técnico e exibindo um raro senso de posicionamento político, Eduardo Braide já demonstrou, como candidato as prefeito e como deputado estadual, que consegue enxergar as suas possibilidades, principalmente em contexto escasso de novas lideranças. Sabe, por exemplo, que, pelo menos por enquanto, o Grupo Sarney esgotou seu poder de renovação, obrigando-se a apostar na candidatura incerta da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), que já governou por mais de 13 anos e não parece mais animada para entrar numa guerra de desfecho imprevisível contra o governador Flávio Dino (PCdoB), que está focado no projeto de reeleição e galopa num nítido favoritismo. Sua leitura é que, mesmo levando em conta o projeto do senador Roberto Rocha (PSB), existe no cenário de 2018 espaço para uma candidatura da novíssima geração e que seja suficientemente ousada para propor ao eleitorado uma quebra de paradigma. O parlamentar parece disposto a encarar esse desafio, desde que dispondo de condições partidárias e políticas adequadas.

Todas as evidências indicam que o deputado Eduardo Braide reúne as condições básicas e indispensáveis para construir uma trajetória política bem sucedida, como tem sido até agora, apesar da derrota para a Prefeitura de São Luís – que era previsível. Mas as mesmas evidências indicam que ele precisa se fortalecer política e partidariamente, procurando uma sigla mais consistente, que lhe dê respaldo nacional e alcance todas as faixas do eleitorado como um movimento político viável. Com essas condições, conseguirá o gás suficiente para entrar na briga pelo Palácio dos Leões, por exemplo, de igual para igual com qualquer candidato. Por outro lado, tem consciência de que seus adversários farão de tudo para lhe brecar, o que é absolutamente normal no tatame político frequentado pelos mais ousados.

FONTE: http://reportertempo.com.br/

Categoria: Notícias